CNI e empresas apresentam ao governo agenda para reduzir custo do transporte marítimo internacional.
O setor produtivo
brasileiro está sendo duramente impactado com os efeitos da crise no comércio
internacional, que se iniciou com a pandemia de Covid-19, mas vem se agravando
mesmo com os avanços na contenção do vírus pelo mundo.
A desorganização sem precedentes nesse mercado, que foi atingido por
congestionamentos nos portos, falta de contêineres e valores de frete
excessivamente altos, levou a Confederação Nacional da Indústria (CNI), em
conjunto com empresas e associações do setor produtivo, a propor ao governo uma
agenda de 11 ações para mitigar os custos e gargalos logísticos do comércio
exterior, no curto e longo prazo.
Entre as propostas estão a ampliação do monitoramento, transparência e
divulgação de estatísticas do comércio exterior brasileiro; a conclusão da
implantação do Portal Único de Comércio Exterior e da Janela Única Aquaviária;
e a divulgação da Resolução Normativa nº 18, da Agência Nacional de Transportes
Aquaviários (Antaq), que trata dos direitos e deveres dos usuários de
transportes aquaviários, dos agentes intermediários e das empresas de
navegação.
Esta agenda de propostas é resultado do webinar e de levantamento realizados
pela CNI, no mês de julho, que discutiu o contexto atual e as perspectivas para
o transporte internacional de contêineres e contou com a participação de
representantes de diferentes segmentos do setor industrial brasileiro. Os
participantes fizeram relatos sobre como as questões de transparência e de
equilíbrio estão afetando o comércio exterior. Mais de 70%, dos 128
participantes, sofreram com a falta de contêineres ou de navios e 96%
observaram um aumento no valor do frete de importação, enquanto 76% nas
exportações
O documento com as 11 propostas foi enviado na segunda-feira (16) ao secretário
de Advocacia da Concorrência e Competitividade do Ministério da Economia,
Geanluca Lorenzon; ao secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários
do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni; e ao diretor-geral da Antaq,
Eduardo Nery. Constam como signatários do ofício 34 entidades de diversos
setores, tais como máquinas e equipamentos, papel e celulose, veículos e
autopeças, dentre outros.
Propostas do Setor Produtivo para Redução do Frete Marítimo
(1,5 MB)
Fonte: CNI